Quem pensa que experiências assim só na Europa, precisa conhecer Santa Catarina. Acompanhe a visita dos meus amigos Jéssica e Luiz à Vinícola Villagio Grando, no município de Água Doce.
No feriado do dia 1º de maio, fui com meus pais e namorado para a cidade de Caçador, localizada no meio-oeste catarinense para visitar a família dele, que é de lá.
No sábado, dia 02 de maio, resolvemos visitar a Vinícola Villagio Grando, localizada no Distrito de Herciliópolis, no Município de Água Doce, mais precisamente no endereço a seguir: Rodovia SC 451, KM 56, Herciliópolis, Água Doce/SC
São produzidos vinhos tintos, brancos, rosé e espumantes em tiragens limitadas, que traduzem o terroir autêntico de umas das regiões mais frias do país.
A cidade de Água Doce faz fronteira com as seguintes cidades: Palmas, General Carneiro, Luzerna, Joaçaba, Caçador, Salto Veloso, Treze Tílias, Macieira, Catanduvas, Ponte Serrada, Passos Maia e Vargem Bonita.
E, como nós estávamos em Caçador, fomos de carro até o local, e a distância até a vinícola é de cerca de 50 quilômetros.
O local também possui heliporto para pouso.
Essa foi a primeira impressão que tive. Após passar pelos portões, segue-se um caminho indicado por setas até a recepção.
Além disso, o caminho é emoldurado pelas usinas eólicas de Água Doce, que é a capital estadual da energia eólica.
O mesmo vento que traz invernos rigorosos e amadurece a uva é o que alimenta a cidade com energia.
Quem não quiser arriscar, pode realizar o agendamento pelo telefone ou pelo próprio site da Vinícola, clicando aqui.
São duas as modalidades de degustação: a clássica, que custa (em 2015) R$ 35,00 (trinta e cinco reais) e a Premium, que custa R$ 50,00 (cinquenta reais).
Em ambos os tipos, a quantidade de rótulos é a mesma: cinco e, além disso, cada pessoa recebe uma tábua individual de frios para acompanhamento.
A diferença entre as duas é o tipo de vinhos que são oferecidos durante a experiência. Optamos por realizar a degustação Premium, que contempla os rótulos premiados.
A primeira bebida a ser oferecida é o Villagio Grando Brut Rosé, um espumante delicioso. Foi um dos meus preferidos!
Harmonização: Pratos leves como peixes, frutos do mar e comidas japonesas.
Ele é um espumante desses diários, no ponto certo entre ser não tão doce a ponto de não cansar nem tão cortante a ponto de ser insuportável.
Como tomamos uma taça deste espumante enquanto aguardávamos a liberação de dois lugares, escolhemos outra opção para iniciarmos a degustação.
O primeiro que experimentamos foi o Villaggio Grando Chance. Um espumante semi-seco da mesma linha do Brut Rosé. É elegante, mas no meio termo entre doce e intenso.
Harmonização: Sobremesas doces e frutas frescas.
O segundo rótulo que tomamos foi o Villaggio Grando Chardonnay, que é o carro-chefe dos vinhos brancos deles. O Chardonnay é um vinho que possui um aroma único e forte. Não se acha facilmente tal aroma em outro vinho.
Harmonização: Queijos não maturados, queijos de fungo branco, geleias, aves e peixes.
Na sequência, degustamos o Villaggio Grando Innominabile.
Cerca de duas semanas antes da viagem eu havia provado este vinho e achei muito bom, principalmente o aroma dele.
O Innominabile é o resultado da mistura das melhores uvas de 4 ou 5 safras e passa por um processo de envelhecimento bem longo. O lote à venda atualmente é feito com uvas colhidas de 2004 à 2009. E, por incrível que pareça, apesar disso, é um vinho com tanino suave.
O quarto rótulo que nos foi apresentado foi o Villaggio Grando Além Mar, um vinho super encorpado e de bastante personalidade. O vinho segue a “fórmula” do experiente enólogo português Antonio Saramago, que vai até a Villaggio todo ano para acompanhar a colheita e a produção.
Harmonização: Massas, carnes de caça, faisão, perdiz, coelho, carnes vermelhas e queijos maturados.
Por fim, o quinto vinho que experimentamos foi o Villaggio Grando Colheita Tardia, um vinho branco suave e ligeiramente adocicado, que orna muito bem se ingerido com queijo.
Possui um teor alcoólico mais acentuado pois as uvas são colhidas, como o nome já diz, após o tempo normal, quando elas estão bem mais maduras.
Harmonização: Sobremesas e queijo de fungo azul.
No momento da degustação, recebemos uma comanda em que há o nome de todos os rótulos com seus respectivos valores.
Assim, o visitante pode anotar no decorrer da degustação quais os vinhos que mais gostou para, ao final, poder adquirir uma garrafa por um preço muito mais acessível.
Se você estiver com crianças ou com algum adulto que não ingere bebidas alcoólicas, há a possibilidade de pedir suco de uva e água com ou sem gás.
Ficamos muito satisfeitos com o atendimento pelos funcionários e pelo proprietário, que auxiliava-os o tempo todo com muita gentileza. Todos foram muito solícitos e educados. Enquanto realizávamos a degustação, pudemos ouvir o proprietário do local compartilhar experiências dele e do local.
Maurício Carlos Grando, contava com orgulho do terroir, pois a característica climática e a geolocalização da propriedade, que foi escolhida à dedo, são as mesmas de Mendonza, na Argentina e em Bordeaux, na França.
Maiores informações a respeito da história da Vinícola podem ser encontradas no site do local.
Como nós não sabíamos se haveria visitação no dia, primeiro fizemos a degustação e depois de nos informarmos com alguns funcionários e termos descoberto que havia a visitação, não deixamos de fazer.
As uvas são colhidas e, após isso, as de padrão médio ou baixo, são descartadas. Das melhores, 20% de cada safra é guardada para fazer um vinho blend.
As outras passam pelo processo de fabricação ali mesmo e ficam armazenadas em barricas de carvalho americano ou francês (se vinho tinto) ou em tonel de aço inoxidável, até estarem prontos para serem engarrafados.
No geral, a experiência é maravilhosa. Não somente pela degustação, como também pela paisagem.
O pôr do sol é um espetáculo à parte, ainda mais para mim que sou apaixonada pelo pôr do sol, principalmente na região oeste de Santa Catarina.