O dia começou cedo!
De novo a Ellerim acordou contrariada, também, sete da manhã! Mas era por uma boa causa. Saímos cedo para chegar no Magic Kingdom antes das oito, e pegar o parque abrindo para as Magic Hours.
Ainda bem que a gente tinha um monte de besteiras pra comer no quarto (bolachinhas, dunuts e sucrilhos), e só passamos no restaurante do hotel para encher a Mug de café, e fomos direto para a fila do ônibus. Olha, ninguém acredita em mim, mas por mais perto do parque que seja o hotel, a gente leva meia hora para chegar na entrada do parque… é um tal de entra no carro, guarda carrinho, coloca na cadeirinha, pega fila do estacionamento, estaciona na fileira que eles mandam (que às vezes é longe pra dedéu), espera outra fila para o trenzinho, pega mais uma para o monorail… afeee…. não chega nunca! Por isso resolvemos ir de ônibus, e no final deu super certo.
O ônibus chegou logo, e paramos bem na frente do parque, e ainda não eram oito horas. Mas nessa hora eu não sabia nada ainda à respeito da contagem regressiva. Só queria mesmo chegar cedo. Então, imagina a minha surpresa quando apareceu o Prefeito na frente da estação, dando as boas vindas a todos, e anunciando a chegada do trem junto com uns bailarinos dançando (aqueles que dançam na Main Street). Logo em seguida veio o trenzinho com o Mickey, o Pluto, a Margarida, a Mary Poppings, a Branca de Neve, a Alice e o Stitch. Que fofooooooo!!!!! E todos fazem juntos a contagem regressiva para abertura do parque, com uma música de fundo. Sabe, não é nada de mais, nenhum show espetacular, mas é uma maneira maravilhosa de começar o dia. E sendo surpresa então, sem nenhuma expectativa, ficou melhor ainda. Eu fiquei suuuuper emocionada.
Pena que a mãe tava tão agoniada pra entrar logo no parque (acho que ela nem viu a contagem) e a Ellerim ainda apagadinha com sono. Mas eu fiquei eufórica e feliz, feliz, feliz.
Chegar cedo no parque é tudo de bom, é outro clima, e a gente consegue fazer tudo sem fila. E receber as boas vindas é muito legal também.
Assim que entramos já tinha um carro daqueles antigos, de dois andares, parado bem na frente da estação, e a motorista era uma simpatia. Entramos já no carro e fomos para o segundo andar, para passear pela Main Street ainda vazia. E então, a maior surpresa, aquele quarteto de vozes que usa colete listrado se pendurou na escada do carro e foi o caminho inteiro cantando! Gente, que demais isso! Pena que a única bem humorada nessa hora era eu, mas achei simplesmente fantástico. Chegamos na frente do castelo e já tiramos fotos com a motorista e os cantores, e os cinco entraram no carro e foram embora abanando.
A mãe foi passear um pouco sozinha, porque ela adora ficar só passeando e curtindo o local, e no final pra acompanhar a gente ela acabava só fazendo coisas de criança, então resolveu ficar sozinha um pouco.
Nessa hora acho que a Ellerim finalmente acordou, e pediu, pediu, pediu “por favoooooorrrrr” pra gente voltar para a praça para tirar foto com a Margarida, que é a personagem favorita dela. E lá fomos nós, porque é raro a Ellerim pedir pra tirar foto com personagem. Ficamos uns minutos na fila, e quase na nossa vez a Margarida saiu para “retocar a maquiagem”. Mas foi super rápido, e logo tiramos a foto da Ellerim e sua melhor amiga.
Como estávamos ali, já fomos pra estação pegar o trenzinho, que todos amam! Mas não é que a primeira estação, na terra do Mickey, estava fechada! Eu não sabia que só abria às dez. fomos então até a próxima estação, na Terra da Fronteira.
E quando chegamos lá, mais uma surpresa! Tinha um homem vestido como se fosse da limpeza, com um balde e uma vassoura. Daí ele molhou a vassoura na água e começou a pintar personagens no chão. Nossa, o efeito foi lindo, o desenho era perfeito. Depois ele entregava a vassoura para as crianças pintarem as orelhas. A Ellerim amou, não queria mais sair dali. Nossa, quanta gente talentosa tem lá.
Aproveitamos que era bem na frente de um quiosque e já tomamos café e comemos um Pretzel delicioso. Eu e o Mauro fomos na Big Thunder Mountain Railroad. Enquanto isso, a Rô ficou com as meninas no parquinho do Splash Mountain (uma casinha com escorregador).
Nós resolvemos pegar o trenzinho de novo e voltar para a Terra do Mickey. Acho que fomos os primeiros a chegar! Estava tudo vazio. Isso foi bem legal, pois normalmente a gente só pode passar vendo as casas do Mickey e da Minnie numa fila, sempre cheio de gente. Mas assim as meninas puderam brincar mesmo, principalmente na casa da Minnie, que a cozinha é interativa.
Em seguida já fomos tirar fotos com as princesas, e a Mannu também foi pra fila das fadas, enquanto a gente esperou no parquinho lá fora, aliás, um parquinho perfeito pra idade da Ellerim. Acho que nessa idade as crianças gostam mais dos parquinhos do que das atrações, porque elas têm muita energia pra gastar. Também fomos duas vezes na The Barnstormer at Goofy’s Wiseacre Farm, e eu e a Ellerim fomos no primeiro carrinho. Ela achou o máximo, e queria também brincar no barco do Donald, mas o clima não tava pra tanto (é um parquinho molhado).
Nisso já estava todo mundo com fome. Era cedo, mas ninguém tomou café direito, então ligamos pra mãe, e nos encontramos no Pinocchio Village Haus. Eu adoro esse restaurante. Nós sempre pegamos uma mesa ao lado do vidro, porque é um barato ficar vendo o Small World, e sempre tem um pessoal que abana dos barquinhos, e a Ellerim adora. E é um ótimo restaurante de Quick Service do dinning plan.
Terminamos de almoçar ainda bem antes do meio dia, e fomos correndo fazer as outras atrações da Terra da Fantasia nos nossos últimos minutos de parque vazio. Fizemos o Peter Pan, que é o meu favorito (adoro sobrevoar Londres iluminada, e achei a atração mais legal ainda depois de ver como ela foi planejada no “One Men’s Dream” no Hollywood Studios).
Depois fomos no Pooh, que nessa época ainda estava em reforma, com tapumes por fora. Mas não tinha fila nenhuma.
Resolvemos então ir no Carrossel do Progresso, e não é que a Ellerim e o Mauro dormiram! Tudo bem, não dá pra culpar eles, ainda mais o Mauro, que já tinha ido no outro dia. Mas eu aproveitei e tirei várias fotos sem flash, e ficaram bem legais. Sei que muita gente acha essa atração um tédio, mas quando eu assisti a primeira vez em 1984 foi realmente impressionante. Pra gostar, a gente tem que pensar nessa atração em perspectiva, é a atração mais antiga de toda Disney (é como assistir um filme clássico). Eu achei uma pena eles terem trocado a música dessa atração (sabe, aquela… Now is the time, now is the best time. Now is the best time of your life. Life is a prize, live every minute. Open your eyes and watch how you win it!), pensei: como eles podem ter trocado uma música tão tradicional?!?!?! Então, há alguns meses escutei num podcast do WDWToday eles explicando a polêmica. Mal sabia eu que a música nova é na verdade a música original, da época em que a atração estava na Califórnia – a There’s a Great Big Beautiful Tomorrow. A música que eu achava que era a tradicional foi colocada quando a atração veio para Florida. Então, quando voltaram para a música da Califórnia, os fãs originais ficaram exultantes, mas os novos fãs, da Florida, ficaram indignados! Rrsrsrsrs não tem como agradar todo mundo mesmo né!
Enfim, como já estava na hora da Parada, fomos direto para a Main Street, e eu tive que acordar a Ellerim, porque ela ainda estava ferrada no sono, deitada no carrinho. A parada foi linda como sempre, mas a Ellerim tava meio banza de sono, ela só despertou mesmo no final. Então, fomos tomar um café na Bakery da Main Street, sempre uma parada obrigatória. Mas por incrível que pareça, cada um ficou com vontade de ir ao banheiro só quando o outro voltava pra mesa, e entre todo mundo ir e voltar, ficamos mais de uma hora ali! E eu não sei o que aconteceu nesse dia, se era o calor ou o quê, mas tava todo mundo mau humorado, principalmente a mãe e o Mauro. Eu fiquei sem paciência com os dois, e também fui ao banheiro, e na volta fiquei uns 15 minutos passeando pela Main Street, para não me deixar afetar, afinal, como é que alguém consegue ficar mau humorado no lugar mais maravilhoso do planeta. Se for pra ficar mau humorado que seja em real, em dólar não dá né! Decidi que não ia mais falar com os dois. Bom, viajar em grupo e com crianças é assim…
Esse era o segundo dia de Magic Kingdom, e ainda teríamos mais um. Então, eu resolvi ir passear um pouco de Monorail. Era hora de se separar, porque de noite eu e o Mauro iríamos jantar no Boardwalk com a Rafaela e o Paulo, e a Mãe e as meninas iriam jantar no Chef Mickeys, e iriam ficar no parque até a hora do jantar (elas só conseguiram o Chef Mickey’s para dez da noite!).
Então, eu e o Mauro saímos do parque, e fomos passear de Monorail. Primeiro fizemos uma volta completa, e ele começou a ficar mais tranquilo. Resolvemos então parar no Polynesian para conhecer, já que nessa viagem eu queria fazer um tour pelos hotéis da Disney. Eu fiquei encantada com o hotel, muito mais bonito do que nas fotos. Todo tematizado, tudo muito chique, mas ao mesmo tempo bem à vontade. A praia é linda, com vários barcos para alugar e cadeiras para descansar. A piscina é super divertida, e tem tobogã. A vista então, maravilhosa. Tem um restaurante Quick Service, e já comemos um snack com nosso dining plan e tomamos um café. Foi muito gostoso. O Mauro até achou uma máquina de moedinhas!
Em seguida, pegamos o Monorail de novo, e paramos no Grand Floridian. Gente, esse hotel é um espetáculo à parte! É um dos hotéis mais lindos que já vi. O atendimento é impecável, e ninguém pergunta se você é hóspede ou não. Sempre tem música ao vivo no saguão, de uma banda no 2º andar, na frente do bar, ou no piano de cauda na parte central do Lobby, com tapetes persas inacreditáveis. E as escadarias, os lustres de cristais, o mármore decorado no chão, flores, flores e mais flores… nossa, o lugar é tão lindo que não tem nem como descrever.
Acho que naqueles dias infernais de quente no MK a gente deveria sempre fazer isso, dar uma paradinha depois do almoço, pegar o Monorail e passar uma meia horinha naquele oásis, recuperando as energias. É Muito simples de fazer, o Monorail fica do lado daquele que vai para o estacionamento, e é só entrar, e descer na parada do hotel que quiser, ou até ir de barquinho.
Passeamos um pouco e logo voltamos para o Magic Kingdom pra pegar o ônibus para o Hotel, tomar um banho e se arrumar para o jantar. Meia hora depois chegamos no Pop.
Só quando a gente estava no quarto se arrumando, em cima da hora, é que o Mauro perguntou onde ele tinha deixado a chave do carro… não é que ele esqueceu dentro da mochila da Ellerim, que a gente deixou com a mãe no parque! Ainda bem que o Boardwalk fica muito perto do hotel, e resolvemos ir de taxi mesmo, mas o prejuízo foi pequeno, a corrida saiu só $ 7.
Já estávamos atrasados, e quando chegamos na frente do restaurante da ESPN o pessoal já estava esperando a gente, a Rafaela, o Paulo, a Thais e o Fabiano. Já passavam das oito, e tava todo mundo morrendo de fome. Como todos tinham o dining plan eu tinha dito pra gente jantar num restaurante Quick Service de algum dos hotéis. Antes de viajar, eu pesquisei na net se todos os hotéis da Disney tinham restaurante Quick Service, e todos que olhei tinham. Os únicos que não pesquisei foram os do Boardwalk, mas se todos os outros tinham, esse também iriam ter né… ledo engano… fomos caminhando de hotel em hotel, e nenhum deles tem Quick Service para o jantar… pelo menos conhecemos os hotéis, mas quando se está roxo de fome, a gente não consegue prestar atenção em muita coisa né. Bom, como estávamos já na frente do Yatch Club Resort, resolvemos atravessar a ponte e ir até o Swan (ou Hotel do Ganso, como diz a minha mãe), que tem dois restaurantes, o Garden Grove (aquele que tem uma árvore no meio) e um japonês. Chegando lá, todo mundo decidiu ir ao Garden Grove, porque o Pateta estava lá (era para ter o Pluto também, mas ele tinha acabado de ir dormir). Foi uma ótima decisão. Era noite Mediterrânea, e a comida estava excelente, e a gente conversou muito, e riu muito também. Foi super divertido, e a companhia excelente. Essa foi a segunda viagem que encontramos a Rafaela e o Paulo sem combinar (a primeira foi em Buenos Aires, ficamos em hotéis vizinhos, e dessa vez ficamos no mesmo hotel). A mesa de sobremesas também estava maravilhosa.
Saindo dali a gente ouviu uma barulheira imensa… nossa, não é que o restaurante japonês tinha Karaokê, e o pessoal tava prá lá de Bagdá, fazendo o a maior barulheira! Ainda bem que a gente escolheu o outro…
Nós estávamos sem carro, mas eles estavam num carro bem grandão, e deram uma carona pra gente até o hotel. No final, foi um dia bem movimentado, e bem divertido também. Nem sei se as meninas já tinham chegado, pois nesse dia a Ellerim ficou no quarto delas. No outro dia a mãe falou que se arrependeu de ir ao Chef Mickey’s, pois foi muito cansativo esperar até às dez, e elas estavam mortas na hora do jantar, e não conseguiram aproveitar. Acho que quando tem programa assim tarde com criança é fundamental dar uma paradinha no hotel na metade do dia.
Quando eu fui dormir eu pensei… como o tempo passa rápido na Disney, a viagem de 22 dias, que parecia muuuuito tempo, já tá quase chegando ao fim…